Desenvolve Rio Doce vai oferecer R$ 40 milhões em recursos para micro e pequenas empresas, por meio de parceria da Fundação Renova com o Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo e o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais
•• Para fomentar o desenvolvimento econômico e social dos municípios ao longo da bacia do Rio Doce, a Fundação Renova lança o Desenvolve Rio Doce, um fundo de financiamento de capital de giro com recursos de R$ 40 milhões para micro e pequenos empresas do Espírito Santo e de Minas Gerais. A iniciativa, que oferece condições especiais de prazo e taxa de juros abaixo do mercado, resulta de um acordo entre a Fundação Renova, o Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes) e o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG).
O projeto será apresentado em Linhares nesta segunda-feira, dia 16 de outubro, com a participação da diretora de Desenvolvimento Institucional da Renova, Andrea Azevedo, e o diretor-presidente do Bandes, Aroldo Natal Silva Filho. O financiamento facilitado visa a oferecer suporte a empresas com capacidade de expansão e recuperação econômica nas cidades impactadas pelo rompimento da barragem de Fundão.
No Espírito Santo, serão atendidos os municípios de Linhares, Colatina, Marilândia e Baixo Guandu. O capital é da Fundação Renova, e os bancos dos estados entram como operadores financeiros. O Bandes prevê financiamento médio de R$ 20 mil por empresa. Com o aporte inicial de R$ 10 milhões, será possível atender a cerca de 500 empresas no estado.
Segundo o líder das ações de Desenvolvimento Econômico e Inovação da Fundação Renova, Paulo Rocha, o fundo pretende incentivar os negócios locais, com injeção de capital de giro nas empresas. “A proposta estimula a geração de empregos formais e o crescimento de empresas nestes municípios e entorno”, afirma.
“Enquanto banco de desenvolvimento de todos os capixabas, estamos atentos às necessidades desses municípios e acreditamos no potencial da região. Por isso, o Bandes entra agora neste processo, operacionalizando o fundo e apoiando os diversos empreendimentos afetados com recursos para capital de giro, para que nossos empreendedores e suas famílias mantenham ou ampliem seus negócios”, ressalta o diretor-presidente do Bandes, Aroldo Natal Silva Filho.
Movimentação na economia
•• Em todo o período de vigência do fundo, que será de dez anos, o número de operações pode chegar a 3,4 mil num movimento de recursos de aproximadamente R$ 130 milhões em valores nominais nos dois estados. O retorno dos recursos, resultante da quitação das prestações, financiará novos empréstimos.
Em Minas Gerais, a assinatura com o BDMG foi realizada no início deste mês. No estado mineiro, o BDMG estima ticket médio de R$ 38 mil por empresa, o que resultaria no atendimento de 800 empresas com o aporte inicial de R$ 30 milhões.
Inscrições
•• No Espírito Santo, as inscrições dos micro e pequenos empresários devem ser feitas com consultores do banco presentes nos quatro municípios. Depois da prospecção, a próxima etapa é o cadastro. Com a documentação correta, o processo segue para análise e aprovação. Após a conclusão, o recurso será liberado em até 15 dias. Mais informações no site www.bandes.com.br.
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