O mês de março marca a transição do verão para o outono e os dias ainda têm mais características da estação quente do que a das folhas. É o primeiro mês do chamado outono meteorológico ou climático compreendido pelo trimestre de março a maio, mas pelo critério astronômico o outono somente tem início no dia 20 às 18h25. A reportagem é do Metsul.
Uma vez que as características climáticas do mês ainda são mais próximas do verão do que do outono, os dias de calor e as pancadas de chuva passageiras e localizadas são comuns, mas à medida que o mês se aproxima do fim cresce o número de dias com a temperatura mais agradável, e às vezes até com frio durante a madrugada e cedo da manhã.
Março em 2023 marcará a transição do fenômeno La Niña, que está chegando ao fim, para um estado de neutralidade no Oceano Pacífico Equatorial depois de três anos com predomínio de anomalias de temperatura da superfície do mar em patamar de Niña.
De acordo com o último boletim da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera (NOAA), dos Estados Unidos, a anomalia de temperatura da superfície do mar no Pacífico Equatorial Central (região Niño 3.4) está em -0,3ºC, portanto já na faixa de neutralidade de -0,4ºC a +0,4ºC. Já o Pacífico Equatorial nos litorais do Peru e do Equador, a denominada região Niño 1+2, estava neste final de fevereiro com anomalia de +0,4ºC.
A tendência é de gradual aquecimento das águas superficiais equatoriais no Pacífico, marcando o fim do evento de La Niña de três anos (triple-dip La Niña). Especial atenção se volta para o Pacífico mais a Leste porque o aquecimento das águas na região Niño 1+2, observado durante fevereiro, tende a favorecer mais chuva no Sul do Brasil.
Os modelos climáticos, em geral, indicam um padrão de chuva com tendências bastante diversas no Espírito Santo, o que sinaliza uma tendência de grande variabilidade com pontos com chuva acima a abaixo da média por conta de pancadas isoladas e temporais localizados.
Por Metsul
Foto: Lucas Knupp/Setur ES