•• Com a proximidade do Dia Mundial de Combate à Tuberculose, celebrado no dia 24 de março, próxima sexta-feira, a Coordenação do Programa de Controle da Tuberculose da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) ressalta que a doença é grave e ainda causa mortes no Brasil e no mundo. A boa notícia é que existe tratamento disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS), e o paciente pode ser curado se segui-lo corretamente do início ao fim.
A tuberculose é causada por uma bactéria chamada Mycobacterium tuberculosis, ou bacilo de Koch. O bacilo é transmitido pelo ar, quando uma pessoa infectada tosse, espirra ou fala. Ele pode ficar no corpo por anos sem que a doença se manifeste. Segundo a coordenadora do Programa de Controle da Tuberculose, Ana Paula Rodrigues Costa, estima-se que 30% da população mundial esteja infectada pelo bacilo de Koch, mas nem todas essas pessoas vão desenvolver a doença ou transmitir o bacilo.
Em sua forma clássica, a tuberculose afeta os pulmões, mas a doença também pode atingir outras partes do corpo, como rins, ossos e sistema nervoso central. Qualquer um está sujeito a desenvolver a doença, mas pessoas com sistema imunológico enfraquecido, como pessoas que vivem com HIV/Aids, correm mais risco de desenvolver tuberculose e, consequentemente, ter seu quadro de saúde agravado.
“A tuberculose é a doença que mais mata os doentes com Aids. O paciente que já é imunodeprimido, se não tratar a tuberculose, ele tem mais risco de morrer do que outro paciente que teve o diagnóstico precoce e iniciou logo o tratamento”, alerta a coordenadora do Programa de Controle da Tuberculose.
No Espírito Santo
•• No Espírito Santo, 1.101 casos novos de tuberculose foram notificados no ano de 2016, uma redução de 8,40% com relação a 2015, quando foram notificados 1.202 casos novos da doença. Também houve retração no número de mortes. No ano passado foram 59 casos contra 76 registrados no ano anterior, 22,36% a menos.
Em 2015, a incidência da doença na população do Espírito Santo foi de 29,5 casos para cada grupo de 100 mil habitantes, uma taxa menor que a do Brasil (33,6). Com relação à mortalidade, a taxa registrada foi de 1,9 óbitos para cada grupo de 100 mil habitantes, enquanto a média entre os outros estados da federação foi de 2,2 óbitos.
A coordenadora do Programa de Controle da Tuberculose da Secretaria de Estado da Saúde, Ana Paula Rodrigues Costa, diz que, apesar de existir cura para a tuberculose, a doença ainda é cercada de preconceito e medo por parte da população. Por isso a área continua trabalhando com o lema ‘testar, tratar e vencer’. Ou seja, detectar rapidamente a doença e tratá-la até que a pessoa seja curada.
Para o diagnóstico precoce, argumenta Ana Paula, é importante uma atuação atenta da atenção primária e a realização de busca ativa dos casos de tuberculose dentro da comunidade. E uma vez que o caso é diagnosticado, ela afirma que a principal estratégia para alcançar a cura e reduzir o abandono e a mortalidade é o Tratamento Diretamente Observado (TDO).
Matéria publicada na página 7 da edição do Jornal O PIONEIRO 23 de março de 2017