Com vasta experiência em cargos públicos, o empresário destaca a atenção para a agenda trazida pela pandemia
“Já vou chegar trabalhando”. Assim, o advogado, empresário e pecuarista Luiz Durão (PDT) define o seu retorno à Assembleia Legislativa para ocupar vaga de Enivaldo dos Anjos (PSD), que assumiu a Prefeitura de Barra de São Francisco. Em entrevista, Durão destaca que a sua caminhada na política faz uma grande diferença, dispensando qualquer tipo de adaptação aos processos do Legislativo.
Com relação às agendas prioritárias, Durão aponta a área da saúde, especialmente por conta da pandemia do novo coronavírus, como um tema que vai seguir exigindo bastante atenção na política.
“Todo tipo de agenda que chegue ao Legislativo para melhorar a saúde pública terá toda a minha atenção e esforço”, afirma. Ainda sobre a pandemia, Durão destaca a delicada situação da economia. “Amargamos um aumento no desemprego e vimos 3 mil empresas fecharem as portas no Espírito Santo. Mas vejo com bons olhos a condução feita pelo governador Renato Casagrande e sua equipe, pois eles priorizaram a preservação das vidas”, avalia.
Natural de Linhares, Luiz Durão tem 73 anos e assumiu vários cargos eletivos: foi vice-prefeito de sua cidade natal (1976) e prefeito (1973 e 1989), deputado federal (1995 e 2001) e deputado estadual (2010), além de assumir vaga por outras duas vezes na condição de suplente (2016 e 2018). Ele é o primeiro suplente da coligação PSD-DEM-PDT-PPL das eleições de 2018, pleito em que recebeu 17.820 votos.
A partir de suas experiências em cargos eletivos, o empresário enaltece a importância da política, da participação e de escolhas conscientes. “O tempo em que as pessoas diziam não gostar de política já passou, porque tudo gira em torno dela, e é responsabilidade de cada um de nós eleger representantes preparados e comprometidos com o crescimento do Brasil”.
Confira a entrevista na íntegra
O senhor já tem experiência no Legislativo como deputado estadual. O que traz dessa experiência para o futuro mandato?
É verdade. Já fui prefeito, vice, deputado federal e estadual e entro agora no nono mandato com uma experiência que certamente agrega muito ao Poder Legislativo, pois já vou chegar trabalhando, sem precisar passar por aquele período inicial de adaptação. Atuo principalmente em áreas como saúde, segurança, educação e agricultura, em que os projetos nunca se esgotam, e pretendo seguir nessa linha, melhorando a qualidade de vida de todos os cidadãos do Estado.
Quais são as principais agendas de trabalho e que devem ser mantidas no próximo ano?
Estamos passando por um período complicado de pandemia e todo tipo de agenda que chegue ao Legislativo para melhorar a saúde pública terá toda a minha atenção e esforço. Durante os meus mandatos, sempre destinei emendas para hospitais filantrópicos e instituições de atenção à saúde de forma geral e seguirei atuando para que esses espaços sejam cada vez melhores e atendam com excelência o povo capixaba.
Como avalia o atual cenário econômico e político do estado e como esse interfere no mandato parlamentar?
O ano de 2020 foi totalmente atípico, pois ninguém esperava passar por uma pandemia. O mercado, que dava sinais muito tímidos de melhora nos últimos anos, se tornou volátil e vulnerável diante de tantas incertezas: amargamos um aumento no desemprego e vimos 3 mil empresas fecharem as portas no Espírito Santo. Mas vejo com bons olhos a condução feita pelo governador Renato Casagrande e sua equipe, pois eles priorizaram a preservação das vidas, e o apoio dos deputados estaduais, que votaram rapidamente todos esses projetos; foi imprescindível para que o estado se mantivesse de pé.
Quais são as perspectivas futuras para o estado e de que forma seu mandato parlamentar pode contribuir para alcançá-las?
Estou muito animado com a chegada da vacina ao Espírito Santo, pois acredito que será um divisor de águas para voltarmos à vida normal e restabelecermos a economia, voltando a gerar mais emprego e renda para o povo capixaba.
Como o senhor vê a grande polarização política que vivemos atualmente no Brasil e de que forma o representante político deve lidar com ela?
Quem me conhece sabe que não sou um político de meio-termo. Para mim, essa polarização é uma forma de ficar em cima do muro e votar conforme o que melhor lhe convém, e eu não sou esse tipo de político. Para mim, existem apenas dois lados, o certo e o errado, e você tem que tomar as suas decisões visando sempre ao bem da coletividade.
A política, de forma geral, está passando por um processo de ressignificação. Como fazer dela um caminho para uma sociedade mais justa?
Ouvindo a população, ampliando as audiências públicas e incluindo o tema política em todas as rodas de conversa. O tempo em que as pessoas diziam não gostar de política já passou, porque tudo gira em torno dela, e é responsabilidade de cada um de nós eleger representantes preparados e comprometidos com o crescimento do Brasil.