•• Os secretários municipais de Agricultura e Meio Ambiente, Franco Fiorot e Lucas Scaramussa, além do Presidente da Associação dos Cacauicultores de Linhares (Acal), Maurício Antonio Buffon, receberam no início da semana, o Diretor Presidente do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf), José Maria de Abreu Júnior, e técnicos do órgão para conhecerem um novo modelo de manejo da lavoura cacaueira na Cabruca, sistema agroflorestal de produção em que o cacau é cultivado sob a sombra de espécies nativas da floresta original, permitindo resultados econômicos, sociais e ambientais.
De acordo com o secretário de Agricultura, Franco Fiorot, a iniciativa positiva e inovadora está sendo implantada por um produtor de cacau do município em sua fazenda. É uma das alternativas para a retomada da produção cacaueira e agregação de valor ao produto.
Segundo o secretário, apesar da valiosa contribuição para preservação ambiental que a cacauicultura sempre deu nesta região, atualmente o setor está diante de uma necessidade de ajustes nos tratos culturais. “É preciso garantir a preservação da floresta nativa, mas também permitir a viabilidade econômica da atividade”, ressalta Fiorot.
O secretário prega a união dos gestores públicos e de instituições ligadas a agricultura para a viabilidade da Cabruca para estancar o avanço do abandono de propriedades tradicionais de cacau e, conseqüentemente, o agravamento social no município, como a saída de família rurais para a zona urbana sem perspectivas de trabalho.
Lucas Scaramussa destaca o empenho da equipe técnica do Meio Ambiente em regularizar e se fazer cumprir as normas ambientais para garantir a preservação com as necessárias adequações de normativas e entendimentos entre os órgãos ambientais para que se permita uma atividade cacaueira ativa, rentável e preservacionista. “Hoje, uma das alternativas recomendadas tecnicamente para viabilizar a cultura do cacau, além da renovação dos cacauais velhos e sem resistência por materiais genéticos mais tolerantes a doenças e a seca, é praticar espaçamentos menos adensados que permitem a mecanização da lavoura sob a floresta tornando sustentável o cacau no sistema Cabruca”, explica.
Participaram ainda da visita representantes da Ceplac, Comitê Gestor do Programa Cacau Sustentável do Espírito Santo e Incaper.
Matéria publicada na página 03 da edição do Jornal O PIONEIRO 05 de fevereiro de 2017