Após receber denúncia sobre um canil clandestino, a CPI dos Maus-Tratos aos Animais esteve em Sotelândia, Cariacica, na manhã da última segunda-feira (8), para averiguar a situação.
A CPI constatou que os proprietários dos imóveis não tinham autorização de comercialização dos animais. “Apesar de não haver maus-tratos, o local era insalubre para os cães (da raça Border Collie), com pouca água e sem alimento”, afirmou Janete de Sá. Os quatro filhotes encontrados foram resgatados e encaminhados para um abrigo provisório, em um hotel para cães, enquanto aguardam por adoção responsável.
“Além do comércio ilegal dos cachorros, encontramos um comércio clandestino de aves da fauna brasileira”, contou a parlamentar. Dezenove aves, dentre elas trinca-ferro, sabiá, catatau, sanhaço e coleiros, foram entregues ao Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema). Vale destacar que algumas dessas espécies estão em extinção.
As aves apreendidas serão encaminhadas para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) e será avaliada a possibilidade de serem soltas e poderem voltar a viver em seu hábitat natural. Também foram encontradas gaiolas com alçapão preparadas para a captura desses animais.
Uma iguana também foi encontrada no local, recolhida e será devolvida à natureza. Além das apreensões, os proprietários foram notificados para que, dentro de 15 dias, realoquem uma égua e um potro que estavam em uma baia menor do que de costume dos animais. “A lei municipal não permite a criação deste tipo de animal em perímetro urbano”, esclareceu Janete.
Reunião
No início da noite de segunda-feira, a CPI realizou reunião na Assembleia Legislativa (Ales). No encontro, o deputado Sergio Meneguelli (Republicanos), cobrou o rigor da lei e respeito ao mundo animal.
Além do balanço da operação, foi aprovada uma convocação a Luan Teixeira Viana, que esfaqueou uma cadela no município de Linhares, na última terça-feira (2).
Outro caso deliberado foi o de um cão esfaqueado até a morte em Cariacica, na sexta-feira (5). Todavia, a CPI pediu para que seja estudada a situação, uma vez que o ato infracional foi cometido por um menor.
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