As escolas têm papel fundamental na formação de cidadãos. Para incentivar boas ações em experiências de cidadania, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), criou o Programa Agrinho, que leva esse aprendizado para dentro da sala de aula. Dois projetos desenvolvidos na rede municipal de ensino de Linhares, com o apoio da Secretaria Municipal de Educação, foram classificados e estão na final do concurso promovido pelo programa.
Um dos selecionados foi o “Meu Bairro Minha Vida”, orientado pela professora Andréia Bissoli, da Escola Municipal de Ensino Fundamental Jerônimo Monteiro. Os alunos conheceram a história do bairro Novo Horizonte, onde a escola fica, e, com a ajuda de pessoas conhecidas na região, analisaram como o bairro evoluiu até os dias de hoje.
“Nós fizemos uma linha do tempo com a história do bairro e para isso contamos com a ajuda de pessoas que moram aqui há mais tempo, com entrevistas e palestras, o que acabou envolvendo toda a escola”, conta a professora. Ainda segundo Andréia, os alunos fizeram uma campanha para recolher livros e reativar a biblioteca da Associação de Moradores do Novo Horizonte.
“Nós recolhemos mais de 100 livros e, com isso, foi possível reativar a biblioteca da Associação de Moradores. Os livros também serão distribuídos em geladeiras comunitárias que estão espalhadas aqui na região”.
O outro projeto municipal finalista do Programa Agrinho foi desenvolvido no bairro Canivete. Os alunos do Centro de Educação Infantil Municipal Olga Bortot foram para as ruas recolher doações. Todo o material arrecadado, que incluiu brinquedos, fraldas, roupas, materiais escolares, bolsas e sapatos, foi doado para crianças atendidas por um orfanato da cidade.
O projeto “Criança Solidária” surgiu depois que a professora Eliane Coração exibiu para sua turma de cinco anos o filme “Madeline”, que conta a história de uma garotinha que vive muitas aventuras num orfanato com outras crianças.
“Depois de uma roda de conversa com os alunos sobre ética e cidadania, eu exibi o filme ‘Madeline’ e os alunos começaram a levantar alguns questionamentos sobre como as crianças conseguem viver num orfanato e quem cuida delas. A partir daí, nós desenvolvemos o projeto em parceria com os pais e toda a comunidade do bairro para arrecadar doações e levamos pessoalmente tudo que recolhemos para as crianças de lá”, conta a professora.
Eliane disse ainda que, após a conclusão desse projeto, as crianças mudaram de comportamento e a convivência ficou mais harmoniosa. “É muito gratificante ver essas mudanças de comportamento nas crianças após um belo trabalho realizado. Tenho vinte anos de profissão e esse foi o projeto que mais marcou a minha vida, tanto pessoal, quanto profissional”.
Os projetos foram apresentados pelas professoras e coordenadores envolvidos num evento em Vitória este mês. O resultado do concurso e a premiação acontecem no dia 29 de novembro, também na capital.
Veja a premiação para os projetos mais bem colocados
- Escola: 1º lugar – 01 (um) notebook; 2º lugar – 01(um) videogame; 3º lugar – 01 (uma) bicicleta
- Coordenador municipal: 1º lugar – 01 (um) notebook + 01(uma) impressora; 2º lugar – 01 (um) TV 32″; 3º lugar – 01 (uma) Tablet
- Experiência pedagógica – Professor: 1º lugar – Motocicleta; 2º lugar – Notebook+ impressora + TV 32″; 3º lugar – Notebook + impressora; 4º lugar – TV 32″; 5º lugar – Tablet; 6º ao 10º lugar – Máquina fotográfica digital
Foto: Divulgação
Matéria publicada na página 06 da edição do Jornal O PIONEIRO 17 de novembro de 2016