PRODUÇÃO BRASILEIRA DE CAFÉ
A produção brasileira de café em 2023/24 deve atingir 66,65 milhões de sacas de 60 quilos, aumento de 13% sobre a temporada anterior, projetou nesta segunda-feira (10) a consultoria Safras & Mercado, com base em sondagem junto a cooperativas, produtores, tradings, entre outras fontes, divulgou o CNC. A Safras notou que a colheita está começando para os grãos canéforas (robusta e conilon), cujos trabalhos nos cafezais devem ganhar “intensidade ao longo de abril”, após um atraso inicial devido ao excesso de chuvas. “Já os trabalhos com café arábica, apesar de alguns registros precoces, só deve começar, efetivamente, em maio”, comentou o consultor de Safras & Mercado, Gil Barabach, em nota. A Safras não trouxe percentuais de colheita, já que os trabalhos estão apenas começando.
PRODUÇÃO BRASILEIRA DE CAFÉ II
A consultoria manteve a previsão da safra total dentro do intervalo que vinha trabalhando entre 65 milhões e 67,10 milhões de sacas, porém mais próximo da banda superior. O clima favorável ao longo do ciclo produtivo, com chuvas regulares e intensas, ajudou a recompor o quadro hídrico e a garantir uma melhora significativa no potencial produtivo das lavouras de arábica, depois de dois anos de seca e geada afetando a produção, ressaltou Barabach. Ele destacou que a safra de café arábica, que responde pela maior parte do café no maior produtor e exportador global, deverá crescer 21% na comparação com ociclo passado, para 43,50 milhões de sacas.
PROCESSOS PENDENTES NO IEMA
O Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) informou que tem, até o momento, 69 processos de solicitação de licença ambiental que estão parados no órgão devido a pendências de documentos por parte dos empreendedores. Por isso, alerta para que os responsáveis pelos empreendimentos realizem uma conferência com a Assessoria de Documentação e regularizem os documentos, para finalizar o processo de licenciamento. Em geral, a maioria dos processos está parada devido a documentos vencidos e relativos à anuência, Certidão Negativa de Débito Ambiental (CNDA) e pagamento de multa. São pendências simples, mas que o Iema não tem como dar continuidade ao processo sem que sejam resolvidas por parte do empreendedor. “É preciso que o responsável nos procure para atualizar a documentação e podermos, então, emitir as licenças”, explicou a servidora que coordena a Assessoria de Documentação do Iema, Juliana Samora. A análise administrativa que confere a documentação é a última etapa do licenciamento ambiental
AMENDOAS DE COCO BABAÇU
A amêndoa de coco babaçu é a principal matéria-prima de um análogo de queijo e de uma bebida desenvolvidos pela Embrapa. Os produtos à base de plantas, ou plant-based, podem substituir derivados de leite, para quem não pode ou não deseja consumir lácteos tradicionais. Além disso, representam novas opções de geração de renda para as organizações comunitárias de quebradeiras de coco do Maranhão, que já fabricam sorvetes, biscoitos e outros itens. Segundo a pesquisadora da Embrapa Cocais (MA) e líder do projeto, Guilhermina Cayres, alimentos produzidos a partir da biodiversidade brasileira, que valorizam o conhecimento tradicional e a história de grupos sociais, possuem um grande potencial para atender nichos de mercados que valorizam produtos com essas características. “É o caso de alimentos à base de babaçu fabricados por quebradeiras de coco. Tanto a bebida vegetal tipo leite quanto o análogo de queijo representam oportunidades de inovação na cadeia de valor do babaçu, agregando saberes tradicionais e conhecimentos técnico- -científicos, gerando negócios e promovendo o empreendedorismo de organizações comunitárias em torno de uma espécie da sociobiodiversidade que é o babaçu”, afirma.
AMENDOAS DE COCO BABAÇU II
A pesquisadora Selene Benevides, da Embrapa Agroindústria Tropical (CE), que desenvolveu o análogo de queijo, caracteriza o projeto como de inovação social, uma vez que tem por objetivo contribuir com o desenvolvimento das atividades realizadas nas comunidades de quebradeiras de coco, que sobrevivem do extrativismo vegetal. “No Maranhão, eles já produzem alguns alimentos à base de babaçu. Esses novos produtos tiveram seus parâmetros avaliados com base em similares existentes na legislação e no mercado”, explica. O análogo de queijo apresenta sabor e aroma semelhantes a produtos lácteos fermentados. Benevides explica que, como o babaçu é adocicado, a fabricação envolve um processo de fermentação que reduz o dulçor, aumenta a acidez e confere sabor e aroma semelhantes a queijos tradicionais. Como o coco é rico em lipídios e pobre em proteínas, foi adicionada uma fonte protéica a partir da soja e o resultado foi um alimento que apresenta teores de proteína semelhantes a de um queijo fresco.