A indústria cafeeira brasileira está em um momento decisivo. Se por um lado a demanda se mantém aquecida, por outro, a flutuação dos preços no mercado internacional e os impactos relacionados com o clima, desafiam o setor. No cenário global o Brasil, segue como maior produtor mundial do grão mesmo registrando um leve declínio de 1,6% nas exportações no início de 2025. No mercado interno espera-se que os preços dessa commodity nos supermercados aumentem até 25% em 2025. Diante deste cenário de altos e baixos, os produtores enfrentam muitos desafios, porém, há agricultores que têm focado nas oportunidades.
Este é o caso da cafeicultora Carmen Lúcia, mais conhecida como “Ucha”. Ela, que é a terceira geração da família no campo, mantém a tradição e cultura de seus pais e avós, mas foi além e atualmente é referência em tecnologia, inovação e sustentabilidade no cultivo de cafés especiais. Atualmente ela é responsável por gerenciar as fazendas Caxambu e Aracaçu, ambas localizadas na cidade de Três Pontas, em Minas Gerais. “O café é um trabalho de amor. Não se trata apenas de produzir uma bebida de qualidade, trata-se de honrar o meio ambiente e a comunidade que nos apoia. A sustentabilidade está no centro de tudo o que fazemos”, detalha.
Entre o conjunto de inovações adotadas pela produtora no manejo diário em suas fazendas, destaque para a microirrigação de última geração. Essa tecnologia, que tem o objetivo melhorar a qualidade das colheitas, garante às plantas o fornecimento de água de maneira racional e sustentável ao longo de todo o ciclo produtivo e ainda contribui com a entrega para a indústria de produtos da mais alta qualidade.
A irrigação por gotejamento segundo a produtora, proporcionou uma operação mais precisa, reduzindo o desperdício de água e otimizando o crescimento das culturas. Isso levou a melhorias significativas no rendimento, especialmente para uma parcela de café com dois anos e meio de idade