Produtores rurais do Espírito Santo terão mais 20 dias para vacinar o rebanho contra febre aftosa. Em função das consequências da crise hídrica enfrentada pelo Estado, o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf/ES) solicitou ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) a prorrogação. O prazo, que terminaria no dia 30 de novembro, foi estendido até o dia 20 de dezembro.
Segundo o diretor-presidente do Idaf, Júnior Abreu, a decisão foi tomada levando em conta a situação de seca no Espírito Santo e as perdas no setor pecuário. “Por isso, o Ministério atendeu à nossa solicitação e prorrogou a etapa, pois o nosso objetivo é que todo o rebanho bovino e bubalino seja vacinado, mantendo os bons índices de vacinação que temos obtido”, diz.
O médico veterinário do Idaf José Dias Porto Júnior, responsável no Instituto pelo Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa, explica que, com a seca, o manejo dos animais é mais complexo. “Devido à escassez de água e, consequentemente de alimentos nas propriedades, os animais ficam mais debilitados, dificultando a condução dos procedimentos de vacinação dentro do próprio estabelecimento rural. As últimas chuvas chegaram tardiamente, não proporcionando a recuperação das pastagens em tempo hábil. Esperamos com esse prazo oferecer mais tempo ao produtor para que se organize quanto à disponibilidade hídrica e de alimentos para o seu rebanho,” disse Porto Júnior.
Nesta etapa da campanha devem ser vacinados todos os bovinos e bubalinos, independente da idade, envolvendo em torno de 2,2 milhões de animais, em 32 mil propriedades de todo o Estado.
Matéria publicada na página 10 da edição do Jornal O PIONEIRO 01 de dezembro de 2016