•• Noite de sexta-feira foi feito um anúncio, inclusive com repercussão no jornal Nacional da Rede Globo, que após reunião sigilosa do Governo do Estado com as associações representantes dos policiais – Associação de Oficiais Militares do Espírito Santo; Associação dos Subtenentes e Sargentos da Polícia Militar do Espírito Santo; Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e do Bombeiro Militar do Estado e Associação dos Bombeiros Militares do Espírito Santo, de um acordo que previa que todos os policiais retornariam ao trabalho às 7 horas da manhã de sábado, isso não aconteceu. No acordo os policiais não sofreriam processo administrativo se voltassem naquele dia. Mas o bloqueio das mulheres dos policiais foi mantido e tudo voltou a estaca zero, uma vez que integrantes da Comissão de Mulheres e Familiares e Amigos da Polícia Militar e Bombeiro Militar criticaram o fato de a reunião ter sido secreta e não ter sua representação.
O impasse continua e já foram registrados mais de 120 homicídios, com a população desprotegida, apesar de sexta-feira para cá os registros terem diminuído com a presença da Força Nacional nas ruas da Grande Vitória e interior do Estado.
Comércio linharense abre as portas e Guarda Civil tem papel importante na segurança da cidade
•• Com o anuncio feito pelo governo do Estado de um acordo que colocaria normalidade na segurança do capixaba a partir das sete horas da manhã de sábado, dia 11, o comércio linharense acreditou e as lojas, em sua totalidade, foram abertas na manhã de sábado, mas os policiais militares não retornaram às ruas e com isso, coube a Guarda Civil Municipal, com a eficiência de sempre, proteger o linharense. Os Guardas se posicionaram em lugares estratégicos no centro da cidade e nos bairros, onde o comércio também é influente.
A Guarda Nacional, que chegou sexta-feira a Linhares, não foi vista no centro da cidade ontem cedo, por onde centenas de pessoas circularam, como é de costume nesse dia, e os comerciantes, assustados, procuravam saber onde os policiais estavam.
Força Nacional chegou sexta-feira em Linhares
•• A Força Nacional chegou a Linhares na tarde de sexta-feira, 10, para dar apoio ao trabalho de restabelecimento da segurança e ordem pública no município que é executado pela Guarda Municipal e pela Polícia Civil desde o início da paralisação da Polícia Militar em todo o Espírito Santo. O capitão da corporação é o Tenente Sepúlveda que se apresentou ao secretário municipal de Segurança Pública, Coronel Jones Mattos, na tarde de sexta-feira.
Os agentes ficam no município por tempo indeterminado, para atuação ostensiva, e realizam o patrulhamento pelas ruas do centro e bairros da cidade durante o dia e a noite. A vinda dos militares é uma das medidas que buscam viabilizar a restauração da segurança na cidade. Qualquer ocorrência deve ser acionada por meio do telefone 153 da Guarda Municipal.
Mais de 700 policiais indiciados
••Polícia Militar do Espírito Santo indiciou 703 policiais militares (PMs) pelo crime de revolta. Se condenados, a pena é de 8 a 20 anos de detenção em presídio militar e a expulsão da corporação. Esses policiais tiveram o ponto cortado desde sábado, 4, e não vão receber salário. O secretário de Segurança Pública, André Garcia, informou que eles foram indiciados pelo crime militar de revolta por estarem armados e aquartelados nos batalhões.
O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Nylton Rodrigues, disse que o número de indiciamentos “com certeza” irá aumentar muito. Segundo ele, o Comando da Polícia Militar identificou que os homens que estão participando do movimento grevista são os que têm menos tempo de serviço na corporação.
Proposta mulheres dos PMs
• Parcelamento da reposição salarial
• Garantia de anistia para os policiais aquartelados
• Desistência da ação contra as associações de policiais
Proposta do governo
• Crimes e infrações administrativas serão apurados sem perseguições
• Apresentar um cronograma para promoções previstas em lei
• Formar uma comissão para avaliar a carga horária de trabalho da categoria
• Encaminhar, em até 90 dias, uma proposta à Ales para tornar obrigatório o bacharelado em Direito para o ingresso no curso de CFO
• Governo reitera a impossibilidade fiscal e legal da concessão do reajuste
• Governo se propõe a desistir de ações contra Associações de Classe
• Governo se dispõe a dialogar com a categoria para debater outras eventuais pautas
Matéria publicada na página 02 da edição do Jornal O PIONEIRO 12 de fevereiro de 2017