Uma operação de combate à extração e beneficiamento ilegal de madeira, realizada ao longo de um ano no Espírito Santo, apreendeu cerca de 148 toneladas de carvão ilegal e também prendeu 49 pessoas. No mesmo período 27 empresas do estado tiveram a venda de carvão suspensa e produtores não regularizados foram multados em cerca de R$ 1 milhão.
O resultado da Operação Força Tarefa Região Norte, realizada nas cidades de Jaguaré, Conceição da Barra, Boa Esperança, Pinheiros, São Mateus, Sooretama, Aracruz, Fundão e Montanha, foi divulgado.
Também foram apreendidos 59 motosserras, 23 caminhões, quatro carros, três motos e dois tratores.
O delegado Alyson Pereira disse que em alguns casos, os suspeitos invadiam propriedades, inclusive com uso de violência.
“Agiam de forma pulverizada. Várias árvores derrubadas de uma vez só. Isso corria durante a madrugada devastando um hectar, por exemplo“, disse o delegado.
As empresas alvos da operação não tinha o licenciamento do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf).
“É preciso licenciamento ambiental. Só o Idaf faz o licenciamento para a produção de carvão. Muitas produções não tinham licença. O Idaf não conseguia acompanhar se estava produzindo de forma sustentável“, disse Janil Ferreira, diretor técnico do Idaf.
Entre os crimes investigados são, tentativa de homicídio qualificado, roubo majorado, furto qualificado, receptação, dano qualificado, incêndio, esbulho possessório, ameaça e disparo de arma de fogo.
As investigações também apontaram que, além das carvoarias, a madeira extraída ilegalmente também era destinada não só às carvoarias, mas também a secadoras de café e pimenta.
Foto: divulgação PC
