A técnica de enfermagem Iolanda Brito, de 55 anos, é a primeira pessoa a ser vacinada contra a Covid-19 no Espírito Santo. A aplicação da vacina aconteceu por volta das 20h25 desta segunda-feira (18) durante uma cerimônia simbólica no Hospital Estadual Dr. Jayme dos Santos Neves, na Serra, onde ela trabalha.
“Depois de contribuir com dias de luta, agora vou ser uma das primeiras a tomar a vacina e viver dias de glória”, disse a técnica de enfermagem.
Em seguida, outros cinco profissionais de saúde da unidade receberam a dose do imunizante. São eles: Thais Fonseca Silva, 37, fisioterapeuta; Romerson Ribeiro Silva, 32, médico; Eliane Palles Luz, 51, enfermeira; Sabrina Bital Martins, 39, auxiliar de serviços gerais; e Elizelia Bicalho, 68, técnica de enfermagem e vacinadora.

A dose é da vacina da CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac aprovada pela Anvisa neste domingo (17).
Neste primeiro lote, o Ministério da Saúde reservou 101.320 doses ao Espírito Santo. Todas chegaram a Vitória em um voo fretado na tarde desta segunda.
Nesta primeira fase, cerca de 48 mil pessoas pertencentes ao grupo prioritário serão vacinadas no estado: 42.273 profissionais da área da saúde, 2.793 indígenas, 2.970 idosos de casas de repouso e 210 pessoas com deficiência institucionalizadas.
“Dadas as poucas quantidades que chegaram, estamos privilegiando os [profissionais de saúde] que trabalham nas UTIs, emergências e nas unidades exclusivas para atender pacientes respiratórios. Nesse momento, não está aberta a vacinação na sala de vacina, será vacinação restrita”, explicou o secretário estadual de Saúde, Nésio Fernandes.
O governador do Estado, Renato Casagrande, comemorou o feito e destacou que os capixabas vivem um marco histórico com a chegada da vacina e o início da imunização.
“Hoje é um dia histórico, onde as evidências científicas estão aflorando, sendo exaltadas pelo trabalho de institutos importantes, Butantan, Fiocruz. […] O que estamos vivendo ficará para registro histórico para o resto da vida, as imagens, as pessoas perdendo a vida por falta de oxigênio como Manaus, aqui não tivemos isso, poucas pessoas perderam a vida com falta de atendimento. Em outros estados vemos esses casos e isso deixa a gente muito entristecido pelo momento que estamos vivendo”.
Casagrande ainda agradeceu aos profissionais da saúde e pediu que os cuidados continuem sendo mantidos, pois a vacinação não representa o fim do risco.
“Muito obrigada aos profissionais da saúde. Teremos um ano inteiro pela frente de muita luta. Esse início ano de vacinação não pode ser de forma alguma ser confundido com início do relaxamento. Estamos na segunda onda da doença, é preciso continuar mantendo todos os cuidados necessários pois precisaremos do ano todo de 2021 para imunizar boa parte das pessoas”, disse.